A atual crise financeira parece não afetar as vendas no setor de e-commerce. Pelo menos é o que indica o último relatório SpendingPulse, publicado recentemente pela Mastercard, que indica um crescimento de 36,2% no mês de março, em comparação ao mesmo período no ano interior. Essa é a maior alta no volume de vendas desde outubro de 2012. Já no varejo físico, o mesmo período apresentou queda de 1,6%.

Já no comparativo entre o 1º trimestre de 2017 com o mesmo período de 2016, o e-commerce fechou em alta de 25,9%. Entre os principais beneficiados estão os setores de móveis e eletrônicos, que apresentaram crescimento acima da média do e-commerce nacional.

"Mesmo com o cenário parecendo ser desfavorável, entramos 2017 com uma proposta de crescimento no volume de vendas, buscando oferecer um produto com preço competitivo com o varejo físico, porém aproveitando as vantagens que o comércio eletrônico pode oferecer para o consumidor como, por exemplo, a comodidade na compra e na entrega", explica Adriana Maia.

No varejo, setores como material de construção, artigos farmacêuticos e supermercados mostraram melhor recuperação e apresentaram crescimento acima do indicador de vendas. Porém móveis, eletrodomésticos, vestuário e combustíveis registraram resultado abaixo do indicador. No total do 1º trimestre, a queda no varejo foi de 2% em comparação ao mesmo período de 2016.

Quando analisado o desempenho de cada região do país, os piores desempenhos foram do Centro Oeste (-4,1%), Norte (-3,3%) e Nordeste (-4,1%), enquanto Sul e Sudeste registraram queda inferior a 1%. Porém, apesar desses números, a análise feita é de uma melhora no volume de vendas no comércio ao longo deste ano.

"Embora o ambiente econômico demonstre desafios, especialmente em função da atual taxa de desemprego e deterioração da massa salarial, esperamos uma melhora gradativa no comércio varejista, especialmente no e-commerce", afirma Kamalesh Rao, Diretor de Pesquisa Econômica da Mastercard Advisors.